O CULTO DE MAIOR DEVOÇÃO EM LORIGA
O culto da Senhora da Guia nascido no século XIX, quando já era expressiva a emigração para o Brasil, constituiu-se desde o início forte estímulo para os Loriguenses que ousaram demandar outras paragens na procura de melhores condições de vida.
Foi com empenho que, nos primeiros anos da década de 1880, os Loriguenses decidiram erigir uma capela em honra de Nossa Senhora da Guia, concluída quatro anos mais tarde.
Fizeram-na num local que ainda hoje perdura, num morro que emerge da ribeira de São Bento, monte “Gemuro”, situado a nordeste da povoação a pouco mais de um quilómetro do centro da Vila, local plano soalheiro e de boas vistas. A capela foi posteriormente reconstruída em 1921.
A imagem da Senhora da Guia, que se crê ter sido feita em Braga, foi trazida para Loriga ainda antes da inauguração da Capela.
Desde sempre venerada como padroeira dos emigrantes, em quem depositam anseios e esperanças, é considerada guia dos que partiram, inicialmente para o Brasil, mais recentemente, no século XX, para a Europa e também para outros locais dentro do país, particularmente para a cintura industrial de Lisboa.
Desde 1885, no primeiro Domingo de Agosto, vivencia-se, com particular fervor e alegria, uma Festa em sua homenagem, proporcionando o reencontro das famílias e a vinda a Loriga de muitos dos que partiram.
A comunidade loriguense no Brasil, radicada em Manaus e no Pará, evidenciou desde sempre particular devoção. Promove, inclusivamente, em terras brasileiras e no mesmo dia de Agosto, a Festa em honra da Senhora da Guia.
Muitos têm sido, ao longo dos anos, os contributos e ofertas desta comunidade. Um dos mais expressivos ocorreu em 1905, com a construção de um belo Coreto junto à Capela para que a centenária Banda Filarmónica de Loriga possa acompanhar musicalmente as celebrações.
A Nossa Senhora da Guia continua a afirmar-se como forte elo de ligação de toda a Comunidade Loriguense.
EM,MR
