Loriga, hoje

LORIGA, UMA ESTRELA NA SERRA
Uma localidade bela e notável a descobrir!

Loriga é uma das povoações mais antigas da Serra da Estrela, a mais próxima do Planalto da Torre, situada na encosta sudoeste, protegida por duas sentinelas vigilantes e altivas, a Penha do Gato e a Penha dos Abutres, próximas dos 1800 metros de altitude.

Está enquadrada num vale ímpar – o vale glaciar de Loriga – talhado há mais de 20.000 anos pela glaciação na Serra da Estrela. O vale, de formas e curvas vincadas, tem o seu início no Planalto da Torre a cerca de 1800 m de altitude e, entre altos penhascos, escarpas abruptas e linhas de água, desce encosta abaixo numa extensão de 7 Km, até aos 290 m.

A povoação de Loriga emerge graciosa numa colina rodeada por duas Ribeiras, a da Nave e a de S. Bento, e por um engenhoso e extenso sistema de socalcos, oferecendo uma paisagem bela, surpreendente, com horizontes largos de enorme beleza.

Situa-se no coração da maior área de paisagem protegida do país – Parque Natural da Serra da Estrela, marcada por maciços rochosos de granito e xisto, uma das melhores reservas biogénicas da Europa, com grande quantidade e diversidade de vida selvagem nos desfiladeiros da alta montanha e espécies de flora únicas.



Um mundo de experiências memoráveis

Desfrutar horizontes majestosos envoltos em ar puro, sentir o imenso silêncio que as altas montanhas propiciam, entrecortado pelo som das águas das ribeiras, por alguma brisa nos pinheiros e por chocalhos lá ao longe.

Gozar o prazer da neve e desportos de inverno, acedendo em breves minutos, pela Estrada S. Bento e num enquadramento paisagístico de cortar a respiração, às pistas de esqui, localizadas na freguesia de Loriga a uma altitude próxima dos 2.000 metros.

Mergulhar na natureza, trilhando percursos pedestres desenhados por si ou já preparados a pensar em si, como é o caso da “Rota da Broa de Loriga”, com os percursos “Rota da Eira”, “Entre Socalcos e Moinhos”, “Panorâmica do Vale de Loriga”, “Milho em Terras de Xisto”.

Passear pelos caminhos, provar a água fresca das fontes, sentir o cheiro das flores e vegetação da serra: o alecrim, o rosmaninho, a urze, as mimosas, as giestas.

Deambular, sem pressas, pelas ruas e ruelas da vila, perscrutando a alma dos lugares e das gentes.Sentir o pulsar da vida local, observar pessoas, espaços, pormenores, admirar as ruas limpas, pavimentadas a granito, enfeitadas com flores e ladeadas de água sempre a correr, descobrir vestígios do passado longínquo, usufruir da simpatia anfitriã, ouvir histórias, aperceber-se de crenças, de sonhos realizados e de sofrimentos vivenciados, perceber tradições que se mantêm e as que perduram em doces memórias.

Aprofundar a observação em passeios temáticos, com apoio do Posto de Turismo, se necessitar:

Sobre a ocupação humana de longa data, iniciada muito antes da nacionalidade, observando os vestígios que perduram, nos caminhos, por exemplo os erigidos pelos romanos, nos bairros históricos como o ancestral Bairro de São Ginês, associado a São Gens, santo de origem céltica, em ruas emblemáticas, como a Rua de Viriato e a Rua da Oliveira com características urbanas da época medieval.

A gestão da água e o esforço que representou a humanização da paisagem e o património de socalcos;

As fontes, mais de uma dezena, as histórias que encerram no longo percurso para acesso à água potável, o mar de afecto representado em três emblemáticos fontanários oferecidos pela comunidade Loriguense no Brasil;

As ribeiras e pontes, os meandros talhados na paisagem de xisto, a vida espelhada nas águas correntes que fizeram movimentar a maquinaria da histórica indústria têxtil, alimentam as levadas, permitem as culturas nos socalcos e propiciam refrescantes momentos nos poços e Praia Fluvial;

O relevante passado industrial, marcado pela importância da lã, reflectido na expressividade do património edificado e nas muitas memórias que perduram;

A religiosidade, património associado, com destaque para a Igreja Matriz, cheia de história desde a sua origem no século XIII, rituais e festas, tradições centenárias vivenciadas com genuinidade ao longo do ano, tendo como ponto alto a festa da Nossa Senhora da Guia;

A música e o desporto, incursão por largas décadas de investimento e provas dadas, entre outras, por entidades emblemáticas como são a Banda Filarmónica de Loriga e o Grupo Desportivo Loriguense;

Deleitar-se com os sabores e a afamada cozinha loriguense, tradição recentemente realçada e que pode conhecer na obra “Loriga, Sabores de Sempre”.

EM, MR